Paradigma
Ciência Normal
Revolução científica
Kuhn e o Ensino
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Segundo Thomas Kuhn, o que caracteriza um paradigma?


a) Um conjunto de leis naturais imutáveis.

b) Um conjunto de crenças, valores e práticas compartilhadas por uma comunidade científica.

c) Um método universal de observação neutra.

d) Um conjunto de hipóteses não testadas.

b)

Kuhn define paradigma como uma “matriz disciplinar” que orienta a prática científica de uma comunidade


100

O que caracteriza o período de ciência normal, segundo Kuhn?


a) Um momento de crise e surgimento de novos paradigmas.
b) Um período de estabilidade, no qual os cientistas resolvem “quebra-cabeças” dentro de um paradigma aceito.
c) Um momento de completa ausência de regras.
d) A fase inicial de uma disciplina científica.

b) 

A ciência normal é o período em que a comunidade trabalha de forma conservadora, reforçando o paradigma vigente

100

O que provoca uma revolução científica, segundo Kuhn?


a) A aplicação bem-sucedida do método indutivo.
b) O surgimento de uma nova tecnologia.
c) O acúmulo de anomalias que o paradigma vigente não consegue explicar.
d) A rejeição imediata do paradigma vigente por um cientista isolado.

c)

As revoluções científicas surgem de crises geradas por anomalias não resolvidas pela ciência normal


100

De acordo com a perspectiva kuhniana, qual visão de ciência o ensino tradicional tende a transmitir aos estudantes?


a) Uma ciência dinâmica, marcada por rupturas e reconstruções de paradigmas.
b) Uma ciência linear, cumulativa e composta por descobertas sucessivas que se somam.
c) Uma ciência essencialmente subjetiva e sem método.
d) Uma ciência fundada em debates filosóficos, sem base empírica.

b)
Kuhn critica a visão tradicional de ciência como processo linear e cumulativo — comum em livros didáticos e aulas de física — e propõe vê-la como uma sequência de períodos de estabilidade e revolução 

200

Quando um(a) estudante de física aprende a aplicar a 2ª Lei de Newton (F=ma) em diferentes contextos experimentais, ele está:


a) Desenvolvendo um novo paradigma.
b) Rejeitando o paradigma vigente.
c) Aprendendo um exemplar dentro do paradigma newtoniano.
d) Realizando uma revolução científica.

c)

Exemplares são exemplos práticos que ensinam como aplicar o paradigma — fundamentais na formação do cientista normal

200

Quando físicos(as) aprimoram medições da constante gravitacional (G) para maior precisão, estão realizando:


a) Uma revolução científica.
b) Um exemplo de articulação da teoria no âmbito da ciência normal.
c) Uma falsificação de hipóteses.
d) Um rompimento paradigmático.

b) 

A “articulação da teoria” é uma das tarefas centrais da ciência normal, segundo Kuhn.

200

A substituição do modelo geocêntrico de Ptolomeu pelo modelo heliocêntrico de Copérnico exemplifica:


a) Uma simples melhoria técnica.
b) Um acúmulo progressivo de dados.
c) Uma revolução científica que instaurou um novo paradigma.
d) Um caso de ciência normal.

c)
Este é um dos exemplos clássicos citados por Kuhn para ilustrar ruptura paradigmática.

200

Em uma aula de física, o(a) professor(a) apresenta um experimento que desafia as concepções prévias dos alunos sobre calor e temperatura, provocando desconforto e questionamento. Essa prática se aproxima de qual etapa do ensino inspirada em Kuhn?


a) Elevação do nível de consciência conceitual.
b) Introdução de anomalias.
c) Apresentação da nova teoria.
d) Articulação conceitual.

b)

A “introdução de anomalias” busca gerar desequilíbrio cognitivo, equivalente à crise no modelo kuhniano — etapa fundamental para promover a mudança conceitual.

300

A ausência de um paradigma, segundo Kuhn, faz com que uma área de estudo:


a) Seja mais livre e, portanto, mais científica.
b) Tenha progresso mais rápido.
c) Se assemelhe a uma atividade aleatória, sem critérios científicos definidos.
d) Se torne incomensurável em relação a outras.

c)

Kuhn afirma que a ausência de paradigma torna a atividade “ao acaso”, não configurando ciência madura


300

Por que Kuhn considera a ciência normal “conservadora”, e por que essa característica é fundamental ao progresso científico?


a) Porque impede novas ideias e torna a ciência estática, evitando contradições.
b) Porque a adesão rígida ao paradigma permite aprofundar teorias, desenvolver técnicas e reconhecer futuras anomalias que impulsionam revoluções.
c) Porque limita o avanço científico a descobertas puramente empíricas e isoladas.
d) Porque promove a substituição constante de paradigmas, impedindo o acúmulo de conhecimento.

b)
A rigidez da ciência normal concentra esforços dentro do paradigma, o que possibilita refinamento teórico e técnico. Essa mesma rigidez evidencia as anomalias que levam às revoluções científicas.

300

O que significa a ideia de incomensurabilidade entre paradigmas, segundo Thomas Kuhn?


a) Que diferentes paradigmas podem ser comparados objetivamente, pois compartilham a mesma linguagem científica.
b) Que os paradigmas sucessivos mantêm continuidade lógica e conceitual, permitindo acumulação linear de conhecimento.
c) Que paradigmas rivais possuem linguagens, conceitos e critérios distintos, o que impede comparação direta e faz com que os cientistas “vejam mundos diferentes”.
d) Que a mudança de paradigmas ocorre apenas por provas empíricas neutras, sem influências históricas ou teóricas.

c)
A incomensurabilidade indica que cada paradigma define sua própria visão de mundo e seus critérios de validação; por isso, não há tradução neutra entre eles durante as revoluções científicas.

300

Quando o(a) professor(a) incentiva os alunos a resolverem problemas experimentais em física com base em exemplos já estudados, ele(a) está propondo uma atividade análoga à:


a) Revolução científica.
b) Criação de novos paradigmas, rompendo com todo conhecimento anterior.
c) Pesquisa extraordinária, buscando anomalias.
d) Ciência normal, pois trabalha dentro de um paradigma aceito e em situações de “quebra-cabeça”. 

d)

Essa prática remete ao período de “ciência normal”, no qual se exercita a aplicação de conceitos e técnicas consolidadas — fundamentais para dominar o paradigma antes de questioná-lo.

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De que forma o conceito de "paradigma" se opõe à visão tradicional do método indutivo e à ideia de uma ciência baseada em observações neutras?

Para Kuhn, a observação científica não é neutra nem parte de um processo puramente indutivo, pois é guiada por teorias e valores compartilhados dentro de um paradigma. O paradigma fornece o contexto interpretativo que molda o que é observado e como é compreendido.

400

Em que sentido a ciência normal, segundo Kuhn, contribui para o avanço da ciência, mesmo sendo caracterizada como uma atividade “conservadora”?

A ciência normal é conservadora porque trabalha dentro dos limites do paradigma vigente. No entanto, esse conservadorismo permite o aprofundamento teórico e metodológico, o aperfeiçoamento de instrumentos e o acúmulo de precisão empírica. Esses processos tornam o paradigma mais sensível a anomalias, preparando o terreno para futuras revoluções científicas.

400

Analise o papel das crises e das anomalias no processo de mudança científica em Kuhn. De que modo esses elementos contribuem para o surgimento de um novo paradigma?

As anomalias surgem quando fenômenos não se ajustam ao paradigma vigente. Quando se acumulam, geram uma crise que leva os cientistas a questionar os fundamentos teóricos e metodológicos da ciência normal. Esse estado de crise abre espaço para novas interpretações e, eventualmente, para a formulação de um novo paradigma, caracterizando uma revolução científica.

400

Em termos pedagógicos, o modelo kuhniano pode inspirar práticas de ensino que:


a) Evitem conflitos cognitivos, mantendo os alunos sempre dentro do mesmo paradigma conceitual.
b) Estimulem a repetição de experimentos clássicos sem reflexão.
c) Promovam a reconstrução conceitual dos estudantes, valorizando rupturas cognitivas semelhantes às revoluções científicas.
d) Considerem o erro como um desvio que deve ser eliminado, não discutido.

c)

O modelo de Kuhn inspira abordagens que valorizam o conflito cognitivo e a reconstrução conceitual dos alunos — em analogia às revoluções científicas e às mudanças de paradigma no desenvolvimento da ciência

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