CONJURAÇÃO BAHIANA OU REVOLTA DOS ALFAIATES (1798)
Ocorreu na Bahia, em 1798. O movimento foi formado principalmente por negros e profissionais liberais, desde alfaiates, sapateiros. Buscavam terminar com o domínio português e, consequentemente, pôr fim ao trabalho escravo no país.
QUILOMBO DOS PALMARES
Foi a maior comunidade de escravizados fugitivos do Brasil, localizada na Serra da Barriga, em Alagoas. Liderado por Zumbi, foi um símbolo de resistência à escravidão até ser destruído em 1694.
ABOLICIONISMO
É o movimento que surgiu no final do século XVIII, na Europa, com o objetivo de pôr fim à escravidão. No Brasil, o ideal surge com força na segunda metade do século XIX e colaborou com o fim da escravidão no país.
DANDARA (1654-1694)
Esposa de Zumbi, foi uma líder na defesa do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência negra e feminina. Ao ser "capturada" em 1694, tirou a própria vida para evitar a escravidão.
ALFORRIAR
Era o ato legal de libertar uma pessoa escravizada, concedendo-lhe a liberdade. Pode ser obtido por meio de pagamento (compra da própria liberdade), como recompensa por serviços prestados, por testamento ou por decisão do senhor. Nem sempre houve igualdade plena, pois os libertos ainda enfrentaram preconceitos e restrições sociais.
PERSONALIDADES ABOLICIONISTAS
Eram pessoas de diferentes classes sociais que lutavam pelo fim da escravidão no Brasil, como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, André Rebouças, Rui Barbosa, Luís Gama e Castro Alves, com destaque também para a atuação de mulheres na causa.
LEI DO VENTRE LIVRE (1871)
Declarou livres os filhos de mulheres escravizadas. As crianças continuaram sob a tutela dos senhores até os 8 anos e puderam ser “entregues ao Estado” ou mantidas como “aprendizes” até os 21 anos — na prática, ainda submetidas ao trabalho forçado.
Foi a maior revolta de escravizados do Brasil, liderada por africanos nagôs e haussás muçulmanos que lutaram contra a escravidão e pela liberdade religiosa, mas foram derrotados e punidos.
LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS (1850)
Proibiu o tráfico internacional de escravizados para o Brasil. Embora a escravidão interna continuasse, impedia a chegada de novos africanos, o que valorizava os escravos existentes e incentivava o tráfico interno.
Homenagem à morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência negra. Um dado promove uma reflexão sobre o racismo, a valorização da cultura afro-brasileira e a luta pela igualdade.
CASTRO ALVES (1847-1871)
Escreveu o poema "Navio Negreiro", em 1868. Castro Alves costumava recitá-lo no teatro e em saraus para conscientizar a sociedade brasileira dos horrores aos quais os negros foram enviados nestes navios.
Aboliu oficialmente a escravidão no Brasil. Possuía apenas dois artigos e não previu indenizações, assistência, terra ou inclusão social para os ex-escravizados, o que manteve muitos em situação de pobreza e exclusão.
NAVIOS NEGREIROS OU "TUMBEIROS"
Transportaram africanos escravizados para o trabalho nas Américas entre os séculos XVI e XIX, sendo o primeiro embarque ao Brasil registrado em 1530 e os últimos ocorridos ilegalmente até a década de 1860.
LEI DOS SEXAGENÁRIOS (OU LEI SARAIVA-COTEGIPE- 1885)
Concedeu liberdade aos escravizados com mais de 60 anos. Muitos não foram beneficiados, pois já estavam debilitados pela idade e anos de trabalho, além de continuarem trabalhando por mais seis anos como forma de “indenizar” seus senhores.
RACISMO ESTRUTURAL
É quando uma sociedade inteira mantém, mesmo sem perceber, desigualdades entre brancos, negros e indígenas, por causa da história da escravidão e da falta de inclusão desses grupos. Não é só xingar alguém — é um problema que está em muitos lugares: na política, no trabalho, na escola e no dia a dia.
CAPOEIRA
É uma expressão cultural afro-brasileira que mistura luta, dança e música; foi criada como forma de resistência dos escravizados e, em 2014, a Roda de Capoeira foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
O sistema de cotas é uma política pública que reserva vagas em universidades, concursos públicos e outras vagas para grupos historicamente discriminados, como negros, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes de escolas públicas, com o objetivo de promover a inclusão social e reduzir desigualdades.
LEI DE RACISMO (Nº7.716/1989)
Combate o racismo no Brasil, criminalizando a discriminação por raça, cor, etnia, religião ou origem, com penas de 1 a 5 anos de prisão e multa. Trata-se de crime imprescritível e inafiançável. "Imprescritível" significa que um crime não pode ter a punição apagada pelo passar do tempo, enquanto "inafiançável" significa que o suspeito não pode ser libertado mediante o pagamento de fiança.
INJÚRIA RACIAL
É quando alguém ofende uma pessoa diretamente, usando palavras ligadas à cor, raça, etnia ou origem. Exemplo: xingar alguém com termos racistas. É um ataque individual.
DIÁSPORA NEGRA OU DIÁSPORA AFRICANA
Refere-se à dispersão forçada de milhões de africanos e seus descendentes pelo mundo, principalmente devido ao tráfico transatlântico de escravos.
MOCAMBOS OU QUILOMBOS
Os quilombos eram comunidades formadas por pessoas escravizadas que fugiram para se proteger e lutar contra a escravidão.
Hoje, as comunidades quilombolas têm direito às terras que ocupam, garantido pela Constituição de 1988. O INCRA ajuda a regularizar essas terras. A palavra "quilombo" vem de uma língua africana e significa "acampamento" ou "fortaleza".
PRINCESA ISABEL (1846-1921)
Filha de Dom Pedro II e regente do Império, assinou a Lei Áurea em 1888, abolindo oficialmente a escravidão no Brasil, influenciada por suas convicções religiosas e humanitárias, e pressionadas pelo crescente movimento abolicionista e pelas transformações sociais e políticas da época.
SINCRETISMO RELIGIOSO
É a fusão de crença de diferentes religiões, como no Candomblé e na Umbanda, onde orixás africanos são associados aos santos católicos, como São Jorge com Ogum e Iemanjá com Nossa Senhora da Conceição.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA/ IGUALDADE
A Constituição de 1988 garante, no artigo 5º, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, assegurando direitos e tratamento justo para todos.
ERER- EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
A ERER é uma abordagem educacional que visa combater o racismo, promover a valorização das culturas afro-brasileiras e indígenas e garantir a igualdade racial nas escolas, conforme estabelecido pela Lei 10.639/2003.