COMUNICAÇÃO NA PASSAGEM DE PLANTÃO E TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO
COMUNICAÇÃO NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DA SAÚDE
COMUNICAÇÃO NO REGISTRO EM PRONTUÁRIO
COMUNICAÇÃO ENTRE PACIENTE / ACOMPANHANTES E PROFISSIONAL DA SAÚDE
1

É obrigatório que a equipe de enfermagem participe da passagem de plantão verbal e presencial? Ou, os profissionais podem ler os prontuários e registros de seus pacientes ao invés de participar do plantão? Justifique sua resposta.

De acordo com a RESPOSTA TÉCNICA COREN/SC Nº 048/CT/2019:

Considerando o exposto, o Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina conclui que a passagem de plantão deve ser realizada de forma verbal e presencial, visto que é obrigatório para garantir que todas as informações do cuidado prestado sejam repassadas para o profissional que continuará a assistir o paciente, contribuindo dessa forma para uma assistência de qualidade e segurança. Sugira-se a construção de protocolos para garantir a qualidade da passagem de plantio, contemplando também definições institucionais sobre os casos em que o profissional do turno não chega a seguir ou não é aguardado para uma troca de plantio.

1

Foi determinado pela enfermeira chefe da unidade que você seria responsável por realizar testes de HGT no plantão do dia, mas um erro de comunicação fez com que a pessoa geralmente responsável por essa tarefa não soubesse da mudança. Quais riscos isso poderia apresentar para a pessoa sob cuidados?

A medicação poderia ser administrada mais de uma vez, trazendo riscos de hipoglicemia para o paciente e podendo também acarretar em outras consequências mais graves.

1

Você chega no plantão às 7h, e ao pegar o prontuário do seu paciente, você percebe que todos os medicamentos daquela manhã das 6h não foram tirados (não apresentados ponto) e, aparentemente, não administrados. O que você faz nessa situação?

Procure a enfermeira do plantão anterior que foi responsável e verifique o que aconteceu antes de administrar. E se não conseguir contato, não  administrar. 

1

Após uma cirurgia de apendicectomia, paciente recebe alta e não teve nenhuma orientação sobre os cuidados pós cirúrgico, qual seria o problema dessa falta de comunicação? 

Uma possível internação por conta Infecção sistêmica devido ao não saber como cuidar da lesão pós-operatória.

2

Paciente J.R. homem, 67 anos, internado há 14 dias com quadro de cardiopatia isquêmica , apresenta dificuldades para evacuar.  Faz uso de Lactulose 667 mg/mL , porém no momento da passagem de plantão o enfermeiro da noite não comunica sobre o uso  do remédio e não faz observações  sobre a constipação intestinal . O paciente sente falta desse remédio e fala da sua dificuldade para evacuar. O que você faz nesta situação ?

De acordo com o COREN-SC, considerando o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, Resolução COFEN nº 0564/2017, (Deveres) Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, necessárias à continuidade da assistência e segurança do paciente ".  Sendo assim, o enfermeiro do dia fará a avaliação do paciente, ouvindo suas queixas , caso aja necessidade, fará o aprazamento da lactulose para que o remédio seja administrado pela equipe de enfermagem. 

2

Quais os três momentos em que mais evidenciamos erros na comunicação de equipe multiprofissional?

. Erros relacionados à suspensão de cirurgias, de procedimentos / exames e o tempo prolongado do jejum; 

.Erros relacionados à cadeia medicamentosa (falhas de redação e interpretação da Prescrição Médica, dispensação e preparo dos medicamentos, uso de siglas, abreviaturas, rasuras, entre outros); 

. Erros relacionados à emissão das informações nas situações críticas como: passagem de plantão, rounds, ferramentas para troca de equipes e transferências entre unidades, assim como a ausência de displays, painéis e ferramentas para formalização da comunicação entre as equipes. 

2

Durante seu plantão, uma paciente M. de 15 anos relatou metrorragia, um sangramento anormal do útero que pode ou não estar relacionado a alguma condição patológica. Inicialmente, estava sem acompanhamento, pois relata preferir fazer exames em privacidade, e que os façam com frequência. A paciente se encontrou lúcida e orientada e, após exame, não foi encontrado causa para o sangramento, mas ficou em observação. Mais tarde, a mãe de M. aparece agitada e exige ver o prontuário de sua filha. Como você agiria diante dessa situação? 

Se um paciente autorizar, é permitido que o prontuário seja acessado por seu responsável legal. No entanto, a criança e o adolescente têm direito ao sigilo como mostra o Código de Ética: "Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o tenha menor capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação pode causar dano ao paciente". Neste caso, a capacidade de discernimento do paciente menor de idade foi avaliada como orientada e lúcida e, caso ela recusasse, não deve ser agendada. Portanto, ao decidir o limite do direito ao sigilo, deve-se buscar respeitá-lo e preservá-lo ao máximo possível.

2

A prescrição médica foi feita à mão. O que há de errado com ela é qual o perigo que pode acarretar para a segurança do paciente?

O mal entendimento da caligrafia pode ocorrer erros na medicação, uso, vias de adm, horário, e orientações gerais da administração da medicação.

3

Como pode ser resolvida a questão da passagem de plantão quando os profissionais não conseguem estar presentes ou quando estão sobrecarregados e não conseguem se comunicar com clareza para a equipe que está iniciando?

Segundo o PARECER COREN-SP 041/2013 - CT, é essencial que as instituições de saúde tenham normas, rotinas e protocolos institucionais que visam fornecer as informações essenciais para a continuidade da assistência ao paciente nos casos com situações imprevistas na passagem de plantão, garantindo o cumprimento das responsabilidades éticas dos profissionais de enfermagem. O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem estabelece a obrigação de fornecer informações completas e fidedignas para garantir a continuidade da assistência.

3

Em uma organização militar de saúde de caráter hospitalar, os enfermeiros designados para participar da comissão multidisciplinar responsável pela programação de materiais utilizados na assistência à saúde, estão realizando a descrição minuciosa do material utilizado pela enfermagem, representando com precisão o que se deseja adquirir. Ao realizar essa atividade, estão desenvolvendo a etapa denominada:

a) controle de qualidade

b) padronização

c) especificação técnica

d) classificação

e) previsão

certa: c

conceito de especificação técnica é a descrição minuciosa das características do material que se pretende adquirir, segundo a bibliografia de Kurgant no capitulo de recursos materiais.

3

As siglas a seguir estão anotadas no prontuário do seu paciente. O que elas significam?

AVE

MEG

DM

E_V

LER

SG



As siglas a seguir estão anotadas no prontuário do seu paciente. O que elas significam?

AVE: Acidente vascular encefálico 

MEG: mau estado geral 

DM – Diabetes Mellitus

EV: Endovenoso 

LER - Lesão por exercícios repetitivos 

SG - Soro Glicosado


3

Paciente SRG estava com sua medicação para hipertensão a cada 8h. Acompanhante administrou sozinho, sem você estar presente. O que fazer? 

Conversar com o acompanhante e o paciente se sabem qual era o medicamento que foi administrado, perguntar se já havia tomado antes este medicamento e que sempre deve-se relatar que tomou esse medicamento sem a presença do profissional, para que não corra o risco de mais uma administração. 

4

Em um hospital, uma equipe de enfermagem enfrenta um problema recorrente relacionado à comunicação durante a passagem de plantão. A instituição possui um grande número de pacientes e uma equipe de enfermagem sobrecarregada. As informações importantes muitas vezes não são transmitidas durante a troca de turno, o que resulta em riscos para a segurança do paciente e na falta de continuidade da assistência. O que está ocasionando essa falta de informações essenciais na passagem na plantação? E o que o CONFEN sugere as instituições para que não ocorra esse tipo de erro?

Falta de Padronização: Não há um processo padronizado para a passagem de plantão, resultando em informações inconsistentes ou omitidas.

SEGUNDO PARECER DE CÂMARA TÉCNICA Nº 0001/2021/CTLN/COFEN 

 Cabe às instituições de saúde a elaboração do documento normativo de passagem de plantão para ser utilizado pela equipe de enfermagem, bem como a utilização dos instrumentos de gestão tais como: Sistematização da Assistência em Enfermagem, Dimensionamento de Pessoal, Normas, Rotinas e Protocolos de envolvimento contínuo de assistência e prestação de serviços de qualidade, livres de danos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência. 


4

A comunicação entre enfermeiro e médico ocorreu via telefone da seguinte maneira:

Olá Doutor, o Sr. Pedro está tendo uma dor torácica. Ele estava andando no corredor e veio bem no jantar. Não sei o que está acontecendo, mas já pedi um eletrocardiograma.

Ele estava um pouco sudoreico quando teve a dor, mas já lhe dei todos os medicamentos inclusive a insulina e o antibiótico.

Ele foi submetido a uma colectomia ontem e está em uso de uma bomba de PCA    (analgesia controlada pelo paciente).

Identifique os erros e apresente uma comunicação mais eficiente e segura.

Erros: ?

Momento Aula - Como estruturar comunicação; Situação, História Prévia, Avaliação, Recomendação. 

Olá doutor, aqui é a enfermeira RRR da Enfermaria Cirúrgica e estou acompanhando o paciente Sr. PPP. Ele teve uma dor torácica de forte intensidade (9 na escala numérica de dor) há cerca de 5 minutos, acompanhada de dispneia e sudorese (Situação).

É um homem de 68 anos, com história prévia de doença cardíaca, que sofreu uma colectomia ontem, sem complicações (História Prévia‐ Antecedentes).

Pedi um eletrocardiograma e minha preocupação e que ele esteja tendo um infarto ou embolia de pulmão (Avaliação).

Seria muito importante que o Sr. viesse aqui imediatamente (Recomendação).

4

Após chegar na Emergência com uma alergia na pele, Fernanda, foi logo atendida. Após a realização de exames e administrações de anti-histamínicos, o paciente melhorou e ficou em observação. Foi prescrito para ela, dentre outros medicamentos, Dipirona EV em caso de dor.

Fernanda apresenta dor, e a enfermeira responsável prepara o medicamento. Ao chegar no leito, a paciente relatou à enfermeira, uma vez em que tomou dipirona e precisou ser internado quando jovem, contudo como não lembra ao certo da situação e tem preferência por Paracetamol, não fez questão de retratar tal informação aos profissionais para colocar no prontuário. A enfermeira comentou que não existia problema, e após a administração conversaria com seus colegas, pois a mesma devia seguir o prontuário para não prejudicar a saúde do paciente que estava sentindo fortes dores. 

A forma de comunicação e conduta da enfermeira foi correta? 

a) sim

b) não

resposta: “b) não”, pois mesmo estando registrado no prontuário que um paciente não possui alergias, ao coletar uma possível alergia medicamentosa, o enfermeiro deve conversar com seus colegas para substituí-lo e ter o respaldo de registrador no prontuário.

segue a manifestação do código de ética do Cofen: 

RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017


§ 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo especificado com o prescritor ou outro profissional, registrando no prontuário.

4

Uma enfermeira entra no quarto do paciente e começa a administrar medicamentos sem antes verificar os dados do paciente, como nome, idade e se há alguma pulseira de identificação de cor diferente. Que riscos e erros podem surgir devido a essa falta de verificação?

A administração de medicamentos sem a devida verificação dos dados do paciente pode resultar em sérios erros e riscos na assistência à saúde, incluindo a possibilidade de administrar medicamentos a pacientes errados, desencadear reações alérgicas graves, causar interações medicamentosas prejudiciais, erros na dosagem e falha na identificação de pacientes críticos. Portanto, a verificação cuidadosa dos dados do paciente é fundamental para garantir a segurança e eficácia do tratamento.

M
e
n
u