DITADURA - A
DITADURA- B
DITADURA -C
DITADURA- D
DITADURA - E
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CHAUVINISMO 

O chauvinismo é um nacionalismo extremo e agressivo, baseado na opinião de que a própria nação, grupo ou gênero é superior a demais. Originado na França, o termo se expandiu para designar atitudes intolerantes, preconceituosas ou xenofóbicas. Diferentemente do ufanismo, que exalta o país de forma acrítica, o chauvinismo frequentemente envolve desprezo ou hostilidade em relação aos outros.

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GENERAL COSTA E SILVA

Na época do AI-5 (1968), o presidente do Brasil era o general Artur da Costa e Silva, o segundo presidente da ditadura militar (1967–1969). Após sua doença em 1969, uma junta militar permaneceu temporariamente no poder até a posse do general Emílio Garrastazu Médici (1969–1974), considerado o período mais repressivo do regime.

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CHICO BUARQUE

Em 1971, Chico Buarque retornou do exílio na França e compôs “Apesar de você”, um samba com sentido dúbio, que poderia ser interpretado como uma briga de casal. Os censores do regime militar não perceberam a “mensagem”, mas o público captou rapidamente o protesto na canção. Em apenas uma semana, cem mil cópias foram vendidas, até que as autoridades proibiram sua circulação e execução em rádio e TV.

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FESTIVAIS DA CANÇÃO

Os Festivais da Canção, transmitidos ao vivo na TV brasileira dos anos 1960, realizaram eventos populares que reuniam famílias e amigos em torno do aparelho. Realizados pelos canais Excelsior, Record e Globo, esses festivais foram marcos na consolidação da música popular brasileira. Representaram um importante espaço de divulgação e democratização cultural na época.

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  LEI DA ANISTIA- 1979

A Lei da Anistia, sancionada em 1979 no governo João Figueiredo, permitiu perseguidos políticos e agentes do Estado que cometeram crimes durante a ditadura. Permite o retorno de exilados e a liberação de presos. No entanto, foi criticado por proteger torturadores e impedir punições. Tornou-se tema central nos debates sobre justiça e memória histórica. 

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VLADIMIR HERZOG

Jornalista, professor e diretor de jornalismo da TV Cultura, foi preso pelo DOI-CODI (Departamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) em 1975, acusado de ligação com o Partido Comunista. Morreu sob tortura nas dependências do regime, e sua morte provocou grande mobilização popular e religiosa, tornando-se um marco na denúncia das denúncias da ditadura.

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CARLOS MARIGHELLA

Foi um dos principais líderes da resistência armada contra a ditadura militar, fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN) e autor do “Minimanual do Guerrilheiro Urbano”. Sua atuação se transformou em símbolo da luta revolucionária, sendo morta em uma emboscada da polícia em 1969.

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CONTRACULTURA- MOVIMENTO HIPPIE

O movimento hippie pregava a paz, o amor livre e o rompimento com as convenções sociais, enquanto a luta pelos direitos civis combatia o racismo e a segregação. As manifestações contra a Guerra do Vietnã ganharam força, e a música se tornou uma poderosa ferramenta de contestação, culminando em eventos icônicos como o Festival de Woodstock, onde artistas como Jimi Hendrix e Janis Joplin deram voz a essa nova mentalidade.



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MÚSICA "SABIÁ"/ TOM JOBIM E CHICO BUARQUE

“Sabiá” é uma crítica sutil ao regime militar, retratando a esperança de um brasileiro exilado em retornar e reconstruir seu país. A canção faz referência aos exilados políticos que tiveram que renunciar aos seus sonhos, inspirando-se no poema romântico do século XIX “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, que exaltava as belezas do Brasil.

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  ATENTADO DO RIOCENTRO- 1981

O atentado do Riocentro ocorreu em 30 de abril de 1981, durante um show em comemoração ao Dia do Trabalhador, no Rio de Janeiro. Dois militares do Exército levaram uma bomba no carro — o sargento Guilherme do Rosário morreu no local e o capitão Wilson Machado ficou ferido. A explosão ocorreu antes do planejado, revelando que o atentado foi direcionado à esquerda para justificar nova repressão.

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 UNE- UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES E CPC- CENTROS POPULARES DE CULTURA

A União Nacional dos Estudantes (UNE) atuava em diversas pautas. Desde 1961, faz a defesa do governo de Jango, apoiando reformas na educação, buscando ampliar o acesso e a gratuidade do ensino. Outra frente de atuação da UNE eram os CPC (Centros Populares de Cultura), que tinham como objetivo promover e divulgar a cultura popular brasileira e fortalecer a luta contra a repressão.

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PASSEATA DOS CEM MIL

A Passeata dos Cem Mil, realizada em 26 de junho de 1968 no Rio de Janeiro, foi desencadeada pelo assassinato do estudante Edson Luís e reuniu diversos setores da sociedade contra a repressão da ditadura. Os estudantes lideraram uma mobilização que promove a liberdade e a democracia. O protesto marcou uma resistência crescente ao regime e antecipou o persistência com o AI-5.

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JOVEM GUARDA

A Jovem Guarda surgiu em meados da década de 1960, impulsionada pelo programa de TV homônimo, apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. Inspirado em artistas como Elvis Presley e Beatles, o movimento trouxe um novo estilo musical e comportamental para a juventude brasileira, marcando a consolidação do rock nacional.

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  INDÚSTRIA CULTURAL E PROGRAMAS DE AUDITÓRIO

Durante uma década de 1960, o preço das TVs foi gradualmente reduzido, a programação ganhou o gosto da audiência e a televisão se popularizou no Brasil. Nomes como Hebe, Chacrinha, Silvio Santos se destacam.

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EMENDA DANTE DE OLIVEIRA

A Emenda Dante de Oliveira, que previa eleições diretas em 1985, foi o ponto central do movimento Diretas Já. Apesar da grande mobilização popular, a emenda foi rejeitada na Câmara por não atingir votos suficientes. Mesmo assim, o movimento fortalece a pressão pela democracia. Em 1985, Tancredo Neves foi eleito eleito, marcando o fim da ditadura.

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BATALHA DA MARIA ANTÔNIA

A Batalha da Maria Antônia, em 2 de outubro de 1968, foi um confronto entre estudantes da USP, contrários à ditadura, e do Mackenzie, apoiadores do regime, intensificados por grupos paramilitares e policiais. O embate refletiu a polarização política e descobriu a morte do estudante José Guimarães. Tornou-se um marco da radicalização estudantil e da violência política no período.

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ZUENIR VENTURA

Segundo Zuenir Ventura, a juventude dos anos 1960 foi fundamental na contestação das autoridades e na transformação cultural, deixando impacto duradouro na luta por direitos. Mesmo sem revolução imediata, influenciando gerações futuras. Era uma geração politizada, apaixonada e crítica ao golpe de 1964.

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TROPICÁLIA

A Tropicália revolucionou ao valorizar a mistura entre o novo e o antigo, o original e a imitação. O movimento celebrou influências estrangeiras, como guitarras elétricas e jazz, para expressar a cultura brasileira. Essa abordagem gerou polêmica, incluindo protestos contra o uso da guitarra na MPB- Música Popular Brasileira.

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BELCHIOR- "COMO NOSSOS PAIS"

Em “Como nossos pais”, Belchior faz uma crítica ácida ao confronto geracional, representada pelos padrões conservadores da geração anterior, pelo conformismo dos pais, indicando uma passividade acerca da ditadura militar.

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PRESIDENTES MILITARES E SEUS PERÍODOS

  • Castelo Branco (1964–67): institucionalização do regime.

  • Costa e Silva (1967–69): AI-5 e radicalização autoritária.

  • Junta Militar (1969) após AVC de Costa e Silva.

  • Médici (1969–74): auge da repressão e milagre econômico.

  • Geisel (1974–79): início da abertura “lenta e gradual”.

  • Figueiredo (1979–85): Lei da Anistia, crise do regime e transição.

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  UFANISMO

O ufanismo é uma forma exagerada de patriotismo, marcada por um orgulho excessivo da pátria, muitas vezes ignorando problemas sociais, econômicos ou políticos. No Brasil, foi amplamente utilizado durante a ditadura militar para exaltar conquistas do país, como o “milagre econômico” e as vitórias esportivas, mascarando a repressão e as desigualdades.

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COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE

Foi um órgão instituído em 2011 pelo governo brasileiro para investigar os direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988, com foco na ditadura militar (1964-1985). Seu objetivo era esclarecer casos de tortura, assassinatos, desaparecimentos forçados e outras formas de repressão estatal, sem caráter punitivo, mas acontecimentos à memória, à verdade e à justiça. Em 2014, a CNV publicou um relatório final em que identificou crimes do Estado, designados responsáveis e recomendou medidas para evitar a ocorrência específica.

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GERALDO VANDRÉ

Em 1968, o clima de urgência por mudanças refletia-se nos festivais musicais, onde canções como “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, convocavam uma luta contra a ditadura. A música virou um hino de resistência, mas seu sucesso representou risco político. Em resposta, o AI-5 intensificou a repressão, com prisões, tortura e exílio, inclusive de artistas.

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1968- "O ANO QUE NÃO TERMINOU"

1968 foi “o ano que não terminou” no Brasil e no mundo, pois jovens e movimentos sociais desafiaram regimes autoritários e estruturas tradicionais, como as manifestações estudantis no Brasil, a Primavera de Praga na Tchecoslováquia e os protestos contra a Guerra do Vietnã nos Estados Unidos, gerando impactos políticos e culturais duradouros.

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MOVIMENTO "DIreTAS JÁ"

Diretas Já foi um amplo movimento popular ocorrido entre 1983 e 1984 que previa o retorno das eleições diretas para presidente no Brasil, após duas décadas de ditadura militar. Milhões de brasileiros foram às ruas de todo o país, em manifestações históricas iniciadas por artistas, sindicalistas, políticos e a sociedade civil.