Ambiguidade
Figuras de Linguagem
Função da Linguagem
Predicados
100

Analise as situações apresentadas pelos enunciados a seguir:

I. As provas que serão fáceis acontecerão aos sábados.

II. As provas, que serão fáceis, acontecerão aos sábados.

Sobre as informações prestadas nos enunciados, é CORRETO afirmar que:

A) em I, informa-se que todas as provas serão fáceis e acontecerão aos sábados.

B) em I, informa-se que determinadas provas serão fáceis, mas todas acontecerão aos sábados.

C) em II, informa-se que todas as provas serão fáceis e acontecerão aos sábados.

D) em II, informa-se que determinadas provas serão fáceis, mas todas acontecerão aos sábados.

C) em II, informa-se que todas as provas serão fáceis e acontecerão aos sábados.

100

Identifique em qual das alternativas abaixo há uma comparação.

a) As suas palavras foram fel.

b) As suas palavras foram amargas como fel.

c) Ele sabe se virar. É uma raposa!

d) Ela é uma verdadeira manteiga derretida.

b) As suas palavras foram amargas como fel.

100

Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) em itálico do fragmento citado NÃO contém (êm) traço(s) da função emotiva da linguagem.

a) Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de embalagens nem junto aos frascos de remédio.
b) A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório” quando sai de sua significação e cai no ambiente artificial e na situação inventada.
c) Outras leituras significativas são o rótulo de um produto que se vai comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete do cinema, as placas do ponto de ônibus (...)
d) Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não são ratinhos mortos (...) prontinhos para ser desmontados e montados, picadinhos (...)

c) Outras leituras significativas são o rótulo de um produto que se vai comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete do cinema, as placas do ponto de ônibus (...)

100

Identifique o núcleo do predicado da frase abaixo:

Compramos os presentes de Natal da família toda.

a) os presentes de Natal
b) presentes
c) da família toda
d) compramos

d) compramos

200

Analise as situações apresentadas pelos enunciados a seguir:

I. Nas provas, os professores propõem questões tão difíceis que os alunos mais fracos pedem transferência para outras escolas.

II. Nas provas, os professores propõem questões difíceis para que os alunos mais fracos peçam transferência para outras escolas.

Sobre as informações prestadas nos enunciados, é CORRETO afirmar que:

A) em I, o pedido de transferência dos alunos é uma consequência.

B) em I, o pedido de transferência dos alunos é uma explicação.

C) em II, o pedido de transferência dos alunos é uma condição.

D) em II, o pedido de transferência dos alunos é uma causa.

A) em I, o pedido de transferência dos alunos é uma consequência.

200

Qual das orações abaixo apresenta uma perífrase, também chamada de antonomásia?

a) Saia já para fora!
b) Foi salvo pelo melhor amigo do homem.
c) “É o pau, é a pedra, é o fim do caminho” (Tom Jobim)
d) Escreveu, não leu; o pau comeu.
e) Não aguentava mais aquele buá-buá nos meus ouvidos.

b) Foi salvo pelo melhor amigo do homem.

200

O telefone tocou.
— Alô? Quem fala?
— Como? Com quem deseja falar?
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso.
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio?
— Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel?
Faça um esforço.
— Lamento muito, minha senhora, mas não me lembro. Pode dizer-me de quem se trata?

(ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.)

Pela insistência em manter o contato entre o emissor e o receptor, predomina no texto a função

a) metalinguística.
b) fática.
c) referencial.
d) emotiva.
e) conativa.

b) fática.

200

Com relação aos tipos de predicado, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta quanto à classificação dos predicados das orações abaixo.

Os alunos foram informados da situação.

Os candidatos saíram da sala confiantes.

O professor parece despreocupado.

a) Predicado nominal - Predicado verbo-nominal - Predicado verbal
b) Predicado verbal - Predicado nominal - Predicado verbo-nominal
c) Predicado verbal - Predicado verbo-nominal - Predicado nominal
d) Predicado verbo-nominal - Predicado verbal - Predicado nominal

c) Predicado verbal - Predicado verbo-nominal - Predicado nominal

300

Selecione a única alternativa cuja frase contém ambiguidade. 

a) Foi recebido à bala.

b) As medidas acabaram por matar à fome muitas famílias.

c) Passou a tarde observando a distância.

d) Como todo piloto, gostava de cheirar a gasolina que saía dos motores antes das corridas.

c) Passou a tarde observando a distância.

300

Indique as alternativas que apresentam a figura de linguagem personificação, também chamada de prosopopeia.

a) as pedras humilham
b) os confetes festejam
c) os diários contam segredos
d) os copos celebram as alegrias
e) a floresta clama por piedade

Todas as alternativas, porque em todas elas são atribuídas ações humanas (humilham, festejam, contam, celebram, clama) a seres irracionais (pedras, confetes, diários, copos, floresta).

300

Deficientes visuais já podem ir a algumas salas de cinema e teatros para curtir, em maior intensidade, as atrações em cartaz. Quem ajuda na tarefa é o aplicativo Whatscine, recém-chegado ao Brasil e disponível para os sistemas operacionais iOS (Apple) ou Android (Google). Ao ser conectado à rede wi-fi de cinemas e teatros, o app sincroniza um áudio que descreve o que ocorre na tela ou no palco com o espetáculo em andamento: o usuário, então, pode ouvir a narração em seu celular.

O programa foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Carlos III, em Madri. “Na Espanha, 200 salas de cinema já oferecem o recurso e filmes de grandes estúdios já são exibidos com o recurso do Whatscine!”, diz o brasileiro Luis Mauch, que trouxe a tecnologia para o país. “No Brasil, já fechamos parceria com a São Paulo Companhia de Dança para adaptar os espetáculos deles! Isso já é um avanço. Concorda?”

Disponível em: http//veja.abril.com.br.
Acesso em: 25 jun. 2014 (adaptado).

Por ser múltipla e apresentar peculiaridades de acordo com a intenção do emissor, a linguagem apresenta funções diferentes. Nesse fragmento, predomina a função referencial da linguagem, porque há a presença de elementos que

a) buscam convencer o leitor, incitando o uso do aplicativo.

b) definem o aplicativo, revelando o ponto de vista da autora.

c) evidenciam a subjetividade, explorando a entonação emotiva.

d) expõem dados sobre o aplicativo, usando linguagem denotativa.

e) objetivam manter um diálogo com o leitor, recorrendo a uma indagação.

d) expõem dados sobre o aplicativo, usando linguagem denotativa.

300

Observe a frase abaixo, classifique o tipo de predicado e identifique o predicativo do sujeito.

A médica parece cansada.

a) predicado verbal - predicativo do sujeito: cansada
b) predicado verbal - predicativo do sujeito: parece
c) predicado nominal - predicativo do sujeito: cansada
d) predicado nominal - predicativo do sujeito: parece
e) predicado verbo-nominal - predicativo do sujeito: doutora

c) predicado nominal - predicativo do sujeito: cansada

400

Desfaça a ambiguidade reescrevendo as frases que contêm duplo sentido.

a) Envio-te um livro pelo meu amigo interessante.
b) Pedro tirou um bilhete do bolso e entregou à namorada com vergonha.
c) Desabafou com a amiga desanimada.
d) Marta disse à Bia que sempre encontra a vizinha dela.

d) Marta disse à Bia que sempre encontra a vizinha dela.

400

Indique a alternativa correta.

a) Antítese e paradoxo são dois nomes para a mesma figura de linguagem, a que utiliza ideias contrárias.
b) Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de sintaxe.
c) As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras de pensamento, figuras morfológicas e figuras de som.
d) Aliteração é a repetição de sons vocálicos.
e) Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti”.

e) Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti”.

400

Aprenda a chamar a polícia

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: — Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara! Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo. Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia. No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: — Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: — Pensei que tivesse dito que não havia nenhuma viatura disponível.

Luis Fernando Veríssimo

Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2020/07/cronica-aprenda-chamar-policia-luis.html. Acesso em: 22 jul. 2021.

Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui

a) na organização da mensagem a partir de critérios estéticos que objetivam envolver os leitores na narrativa.

b) no retrato das distintas condutas assumidas pelo referente em situações diversas.

c) no intento de se escrever uma crônica tendo como objeto referenciado a própria crônica.

d) no uso de interjeições que destacam, no texto, o ato comunicacional.

e) no registro de uma experiência pessoal, sob uma visão parcial dos fatos.

e) no registro de uma experiência pessoal, sob uma visão parcial dos fatos.

400

Observe a frase e assinale a alternativa correta.

Meu avô está tranquilo.

a) “está tranquilo” é um predicado verbal, onde “está” é verbo de ação e “tranquilo” é predicativo do sujeito.
b) “está tranquilo” é um predicado nominal, onde “está” é verbo de ligação e “tranquilo” é predicativo do sujeito.
c) “está tranquilo” é um predicado verbo-nominal, onde “está” é verbo de ligação e “tranquilo” é predicativo do sujeito.
d) “está tranquilo” é um predicado verbal, onde “está” é verbo de ligação e “tranquilo” é predicativo do sujeito.

b) “está tranquilo” é um predicado nominal, onde “está” é verbo de ligação e “tranquilo” é predicativo do sujeito.

500

Selecione a alternativa que impede a ambiguidade.

a) Cheirando à gasolina, falou com o chefe.

b) Falou com o chefe que cheirava a gasolina.

c) Cheirando a gasolina, falou com o chefe.

d) Falou com o chefe que ele cheirava gasolina.

a) Cheirando à gasolina, falou com o chefe.

500

Quais figuras de sintaxe foram usadas nas orações abaixo?

a) Tudo o que ele disse eu já fiz.
b) Gosto de campo, ele de praia.
c) Na memória, lindas recordações de infância.
d) Fez e refez, leu e releu e deu o trabalho por concluído.
e) Eu quero sair, eu quero passear, eu quero ver gente, eu quero dançar!

a) Hipérbato, porque há uma alteração na ordem direta da oração. A ordem direta seria: Eu já fiz tudo o que ele disse.
b) Zeugma, porque omite a palavra “gosta” para evitar a repetição.
c) Elipse, porque omite uma palavra que é facilmente identificada: Na memória, (tinha) lindas recordações de infância.
d) Polissíndeto, porque utiliza o conectivo “e” repetidamente.
e) Anáfora, porque a oração apresenta repetições regulares; neste caso, “eu quero”.

500

Leia as passagens abaixo, extraídas de São Bernardo, de Graciliano Ramos:

I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões.
II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava café e conversava, bastante satisfeito.
III. João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante.
IV. Já viram como perdemos tempo em padecimentos inúteis? Não era melhor que fôssemos como os bois? Bois com inteligência. Haverá estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Será? Não será? Para que isso? Procurar dissabores! Será? Não será?
V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.

Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o exercício de metalinguagem em São Bernardo:

a) III e V.
b) I e II.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e V.

a) III e V.

500

Identifique os complementos verbais que são objeto direto, objeto indireto e objeto direto e indireto.

a) Duvido das suas intenções.
b) O tema interessa à banca.
c) Ninguém gostava dele.
d) Não provou do bolo.
e) Conhece o funcionário novo?
f) Ofereceram um presente ao aniversariante.
g) Amem a Deus.

a) Duvido das suas intenções.
“das suas intenções” é objeto indireto, porque esse complemento é introduzido por meio da preposição obrigatória de - duvido (de+as) das.

b) O tema interessa à banca.
“à banca” é objeto indireto, porque esse complemento é introduzido por meio da preposição obrigatória a - interessa a.

c) Ninguém gostava dele.
“dele” é objeto indireto, porque esse complemento é introduzido por meio da preposição obrigatória de - gostava (de+ele) = dele.

d) Não provou do bolo.
O verbo “provar” não precisa se ligar ao seu complemento por meio de preposição obrigatória. No entanto, há casos em que o objeto direto é introduzido por preposição por uma questão de estilo, tal como acontece neste caso.

Assim, é correto dizer “Não provou o bolo”, cujo complemento verbal é “o bolo”, objeto direto introduzido sem preposição obrigatória.

Também é correto dizer “Não provou do bolo”, oração que tem como complemento verbal “do bolo”, objeto direto preposicionado, porque foi introduzido por preposição de (de+o = do) não obrigatória.

e) Conhece o funcionário novo?
“o funcionário novo” é objeto direto, porque esse complemento não é introduzido por meio de preposição obrigatória.

f) Ofereceram um presente ao aniversariante.
“um presente” é objeto direto, porque esse complemento não é introduzido por meio de preposição obrigatória.

“ao aniversariante” é objeto indireto, porque esse complemento é introduzido por meio da preposição obrigatória a - ofereceram (a+o) = ao.

g) Amem a Deus.
O verbo “amar” não precisa se ligar ao seu complemento por meio de preposição obrigatória. No entanto, apesar de escrevermos “Amem seus filhos”, é estranho escrevermos “Amem Deus”, porque o uso de “Amem a Deus” se tornou comum.

Assim, este é um caso de objeto direto preposicionado, que ocorre quando a preposição é utilizada com objeto direto por uma questão de expressividade.